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O Tratado da "PoetiZa": a delicadeza ao corrigir o outro

Vamos lá galera!

Hoje estou inspirada e queria falar com vocês sobre a importância de corrigir o outro (seja ele colega de trabalho, irmão(ã), pai, mãe, esposo(a), namorado(a)) com delicadeza. E para isso escolher bem as palavras, o momento e a forma como você vai fazer essa crítica ou correção são fundamentais. 

E porque esse tema me inspirou? Acho que na minha história de vida eu acumulo vários exemplos do que não fazer.

Não sei se já falei para vocês que sou muito estabanada, um pouco dispersa desse mundo e minha relação com a língua portuguesa sempre foi conflituosa. Dito isso, vocês podem imaginar que fui corrigida inúmeras vezes, algumas vezes devido aos meus erros grotescos na língua portuguesa ou porque eu estava viajando na maionese.

Além disso, dei uma googlada e vi que esse tema é muito popular. Algumas pessoas estão preocupadas com isso. (Tenho um palpite de que muitas dessas pessoas já sofreu com uma correção desabilidosa)

O título desse post é significativo, porque o batizei com um dos momentos mais constrangedores da minha vida, o “o tratato da poetiZa". O termo 'tratado' usei para demonstrar o exagero que foi a situação, e o "poetiZa" (com Z maiúsculo) para evidenciar o bendito erro que cometi, usei ‘Z’ ao invés de ‘S’ na bendita palavra.

Para vocês entenderem melhor vou contar a história com detalhes:

Certa vez, há muito e muitos anos atrás (tá, não são tantos anos assim), em um antigo emprego meu, solicitaram que eu fizesse um cartão em homenagem ao dia das mulheres. E nesse bendito cartão eu fiz alusão a poetisa Cora Carolina e, para tristeza minha, escrevi a palavra poetisa com ‘Z’, quando o correto seria com ‘S. Fui para casa, certa de que tinha arrasado (positivamente, tá? Só para ficar bem claro) e curti meu feriado do Dia das Mulheres.

No primeiro dia útil, após o deslumbrante cartão ter sido enviado para todos os funcionário daquela empresa, recebi o seguinte e-mail “motivador” (só para esclarecer, o email foi encaminhado por um colega que não era o diplomata escritor do tratado):

Segue o Tratado da PoetiZa (texto adaptado)
Obs.: em azul são meus comentários

Pessoal; 
Escrevo para vários destinatários (isso mesmo! a benção da pessoa, autora do tratado, escreveu para todos os funcionários da empresa, menos para mim, claro!) na esperança de que ao menos um possa interferir. 
Há um erro (cujo qualificativo grotesco cairia bem) em um cartão divulgado por e-mail e em alusão ao Dia da Mulher grafou a palavra "poetisa" (feminino de poeta) com "Z".

Para o Aurélio, Houaiss e Michaelis não há "poetiZa". Já poetiSa é o substantivo feminino atinente à mulher que escreve poemas. O Dicionário de Português Contemporâneo da UNESP (de Francisco Borba) faz o mesmo, assim como o roteiro da Academia Brasileira de Letras. (Gente, juro, eu não sabia, até então, que havia tantas fontes para consultar sobre a língua portuguesa) 
A palavra "poetiZa" de fato existe, como terceira pessoa do singular no presente do indicativo do verbo "poetizar" (poetizar é transformar coisas em poesias, mesma operação efetuada em "neutralizar", "inutilizar").

Não é de menor significância apresentar que há também a tensão pelo uso de "poeta" ou "poetisa" para o feminino, pois algumas autoras dizem que a diferenciação é desnecessária e todos e todas aqueles que escrevem deveriam ser tratados por "poetas". (Lendo hoje, o que essa pessoa diria do termo Presidenta?)
E para concluir o ser humaninho disse que “errar” era humano (mas pelo jeito ele não aceitava muito bem isso) e que era preciso humildade para solicitar sempre revisão de uma outra pessoa (detalhe, quatro pessoas aprovaram o bendito cartão antes do envio do e-mail).
Agora imagine a vergonha que fiquei. Nossa! Constrangimento era pouco, queria mudar de planeta. Mas graças a Deus, depois de muitos anos consigo lembrar de forma bem humorada desse episódio e sempre o uso como exemplo de que corrigir o outro com carinho é importante. Até hoje tenho medo de erra e receber um outro tratado (seja de quem for), aqui no blog me arrisco muito.

Então, quando percebemos que alguém a nossa volta fez algo errado, é importante se perguntar:

  • Como seria mais apropriado corrigir essa pessoa?
  • Como devo falar com ela?
  • Quais palavras devo uso?
  • Qual a gravidade desse erro?
  • Eu gostaria de ouvir isso dessa forma, nesse local e com essas testemunhas?

Seja qual for o erro, humilhar e expor a pessoa sempre é um equívoco. Imagine, se fosse você?

Por isso, trouxe três site com boas dicas de como corrigir uma pessoa, sem levá-la a uma humilhação pública.

O primeiro é o site da Canção Nova (ADORO!!!!), uma comunidade de vida católica. O texto nos mostra que o outro é um irmão nosso, e é sempre bom ter carinho com o próximo.

O segundo site fala sobre corrigir o português alheio.

E o terceiro fala de boas maneiras para viver em sociedade e nos apresenta a “Correção Fraterna com Caridade”.

Eu ainda não sou muito boa nisso, mas todos os dias tento ser melhor quando vou apontar algum errinho dos outros.

Gostou? Comenta, tá!

(mas não fala dos erros de português, please!)

Ah! Navengando encontrei essas imagens com algumas lições e alguns memes, divirtam-se!













See You!




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