“de Jornalista, Publicitário e Relações Públicas todo mundo tem um pouco”
Estive há algumas semanas atrás (25 e 26 de agosto) em Brasília, para um Encontro de Comunicadores. Foi um bom encontro, o primeiro que eu participei.
Dentro da programação, no dia 26 de agosto, a primeira palestra da manhã era com o renomado comunicador Jorge Duarte, que tratou a cerca da criação de Políticas de Comunicação pelas empresas, tendo como modelo a política de comunicação da Embrapa, da qual participou da elaboração.
Durante seu tempo de exposição o palestrante falou sobre a importância e as vantagens da criação de uma política de comunicação nas empresas, os desafios enfrentados durante a estruturação da comunicação dentro da EMBRAPA, entre outras coisas.
Lá pelas tantas, abriu-se para as perguntas dos participantes e diante de tantas indagações de como convencer os gestores de que a comunicação é estratégica para qualquer que seja a instituição, principalmente para as que são públicas, o palestrante lançou para nós o seguinte termo “respeitabilidade interna”, os comunicadores precisam conquistar uma respeitabilidade interna.
Essas duas palavras ficaram martelando em minha cabeça, sempre falamos de respeitabilidade de uma empresa, de um marca, de uma pessoa (formador de opinião). Mas, sobre respeitabilidade interna, dentro do trabalho, na relação como nossos superiores e colegas de trabalho, não é comum. Como conquistar essa respeitabilidade? Até onde devemos ir para alcançar esse respeito, a credibilidade? O que nos impede de ser respeitados dentro da empresa? Que posturas minam nossas chances de ter respeitabilidade? Só as pessoas que tem liderança nata têm e merecem respeitabilidade?
Respeitabilidade, segundo o dicionário Priberam, é a forma alatinada de respeitável adicionado do sufixo - idade, e significa qualidade do que é respeitável ou honorabilidade. Vamos encurtar a história! Uma pessoa com respeitabilidade é aquela que merece demonstrações de respeito.
Mas, em minha opinião, todos - sem exceção - merecem receber demonstrações de respeito, principalmente no ambiente de trabalho onde nos esforçamos para sermos competentes. Tá, mas existem aqueles que não se esforçam e nem querem ser competentes. Mesmo assim, merecem respeito.
Deparamos em nossos ambientes de trabalho, principalmente quando comunicadores estão em instituições onde a comunicação não é a área afim, é o desrespeito com as nossas ideias e com nosso trabalho. Na verdade, considero que o ditado “de médico e doido todo mundo tem um pouco” está incompleto, está faltando a parte “de Jornalista, Publicitário e Relações Públicas todo mundo tem um pouco”.
Vejo muitas vezes que falta para parte dos gestores e administradores um olhar inclusivo para conosco, os comunicadores – estamos aqui para colaborar. Parece que estamos em uma disputa constante onde sempre somos colocados “em nosso lugar”, mas esse não é o lugar onde deveríamos estar. A comunicação e a gestão tem que andar juntas, lado a lado. Confiança! Precisamos dessa tal respeitabilidade interna. Temos que lutar para conseguir, nossas atitudes e posturas deverão demonstrar isso.
Então pessoal essa é apenas uma reflexão, meio sem pé nem cabeça. Mas, penso que se muitos comunicadores sofrem com a falta de abertura dentro das empresas é porque ainda não avançamos e devemos gritar “Epa! A partir daqui eu assumo, pode cuidar dos outros detalhes, comunicação é comigo mesmo”.
Vamos então montar um plano de ação para nossas vidas profissionais, com metas, objetivos e estratégias. Minha sugestão, que na verdade é uma decisão pessoal é:
- Ler todos os documentos da instituição que trabalho, para conhecê-la melhor, na sua intimidade, nos seus detalhes e assim os trabalhos de publicidade serão cada vez mais próximos do objetivo da empresa;
- Envolver-me em outros assuntos da instituição, mas não pensem que vou invadir o espaço do outro (até porque, quem quer respeito tem que respeitar os outros), quero apenas saber o que está acontecendo (informação nunca é demais);
- Autoconfiança, errar é humano. (Só falta o restante do mundo compreender isso quando quem errar for eu);
- Não ter medo de assumir projetos. Eu posso e vou procurar ajuda quando não for possível;
- E o mais importante. VIVER - tirar as caraminholas da cabeça - até porque meu trabalho não me dirá EU TE AMO e nos momentos difíceis não vai estar do meu lado. Então, Deus, Família e amigos – a vida profissional só tem sentido com eles.
Tá, não respondi metade das perguntas que fiz. Então aí vai um vídeo sobre assunto e alguns link que usei na minha pesquisa. Postura no ambiente de trabalho:
"Os colegas não são sempre gentis e o chefe não é tão tolerante. No mundo corporativo, quem parece confusa, desajeitada ou com um jeito muito exagerado, pode não ser bem vista. Uma pessoa que se mostra inquieta numa reunião, passa uma imagem de instabilidade e insegurança que não convém para os negócios". Fonte: pt.shvoong.com
Galera, até mais!
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