História da Propaganda II – Qual a diferença entre Publicidade e Propaganda?

 Olá! E a vida como vai?

No último post (da série) conceituei brevemente PROPAGANDA. Hoje vou falar um pouquinho sobre a diferença de Publicidade e Propagada. Tá eu devia criar um post conceituando publicidade, mas ia ficar muito parecido com Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Esse não é meu foco.

A diferença entre publicidade e propaganda está basicamente no objetivo. Enquanto a Propaganda visa à divulgação/propagação de uma ideia (de forma gratuita), a Publicidade visa divulgar/propagar uma ideia com objetivo de obter lucro, despertando assim o desejo por um produto ou serviço (possibilitando a compra).

Ou seja, o principal objetivo da Publicidade é levar a atitude de compra, caso contrário o seu principal objetivo não é atingido.

 “Publicidade é um conjunto de técnicas de ação coletiva no sentido de promover o lucro de uma atividade comercial conquistando, aumentando e mantendo clientes.” MALANGA

Segundo a Wikipédia, a confusão entre os termos é resultado de um problema de tradução de alguns termos em inglês, por isso que o CENP considera os termos como sinônimos. Confira!

“O CENP (Conselho Executivo de Normas Padrão) [...] considera publicidade como sinônimo de propaganda. Esta confusão entre os termos propaganda e publicidade no Brasil ocorre por um problema de tradução dos originais de outros idiomas, especificamente os da língua inglesa. As traduções dentro da área de negócios, administração e marketing utilizam propaganda para o termo em inglês advertising e publicidade para o termo em inglês publicity. As traduções dentro da área de comunicação social utilizam propaganda para o termo em inglês publicity e publicidade para o termo em inglês advertising.”

Podemos perceber então que o termo Propaganda é mais amplo que o termo Publicidade. Um trata de uma difusão ampla, ideológica, usando de argumentações para que uma ideia seja aderida. Ou outro, trata de algo (podemos dizer) mercadológico, que gira em torno de uma marca, de logos... Ou seja, as pessoas precisam desembolsar algum valor para aquisição do que foi propagado.

Deixo com vocês alguns exemplos de Publicidade e Propaganda, retirado do artigo Publicidade e propaganda: origens históricas de Eloá Muniz.

Exemplo 1:

O governo brasileiro, preocupado com o aumento dos casos de AIDS no Brasil, veiculou uma campanha com o objetivo de estimular o uso de preservativo masculino. A campanha se constituiu em peças gráficas e eletrônicas. Foi a divulgação de uma ideia com a intenção de diminuir a incidência da doença, AIDS com o uso do preservativo: propaganda. No entanto, se for acrescido ao texto, após a palavra preservativo a marca do produto, esta divulgação deixará de ser propaganda para se tornar publicidade. Assim, quando se divulga um produto aliado à marca, se faz publicidade, pois ”a publicidade tem um fim essencialmente lucrativo e é paga pelo produto. A propaganda é paga pelo Estado, pelos 15 organismos oficiais ou particulares, mas é gratuita para o indivíduo.” Ou seja, a propaganda é paga pelo cidadão, contudo ele não paga proporcionalmente aos benefícios que recebe; ao contrário da publicidade, onde o indivíduo paga proporcionalmente aos produtos que consome. Assim, se ele comprar três sabonetes estará pagando o percentual relativo à veiculação publicitária três vezes.

Exemplo 2:

Outro exemplo é a campanha para estimular o consumo do café veiculado pela Associação Brasileira da Indústria do Café, uma vez adicionada qualquer marca de produto à campanha passa a ser publicidade e não mais propaganda.

Ah! Se você ainda não conhece o CENP (Conselho Executivo de Normas Padrão), visite o site: http://www.cenp.com.br/

Té Breve!

________________________________

Fontes:

http://www.eloamuniz.com.br/artigos.php

http://pt.wikipedia.org/wiki/Propaganda

http://www.nbz.com.br/artigos/marketing/ConceitosMarketing.pdf